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05 setembro, 2005

Dormência

Quando sentes, fá-lo em forma de prosa!
Que só rime no mel de versos avulso
quase sem sentido, quase à deriva,
quase perdidos na água esquiva
que quando vês deixas escorrer
da barragem de marfim e ébano,
enquanto fechas as comportas
para que a luz não fira mais...
A luz porta dores reais...


É que mais vale não ver, virar o archote,
fingir que a alma é um pote,
inquebrável, sem retorno,
sem uma pinga de transtorno...
e assim talvez na massa estéril
em que se torna o ex-coração forte
te surjam fontes de alma dócil,
cuja vida mate a raiz
da tua morte...


Rui Diniz

3 comentários:

Anónimo disse...

Aqui fica a minha passagem pelo teu Blog, muito bonito...daquele amigo e amante das coisas do canto

Z Rui

Anónimo disse...

Hmmm que bela surpresa esta minha visita ao teu blog ... a poesia conjugada com o gerês hmmm só me falta mesmo a cigarrilha
:D

DarkThorn

RD disse...

Obrigado! Muito obrigado Darkie :-D !