Fotografia de Alana Araújo, enviada por Roseane Pereira de Souza
De onde vim?
Queres saber de mim?
Cheio de ego absurdo,
sou altivo e peludo;
como chamam por mim?
Tareco ou Moisés?
Miiinhão! Que o caminho é dos pés,
e se aterro num quintal
é a comida que é igual
à fome dura que me fez!
Noutro dia chamei "pechincha"
a uma gatinha que reliiiincha,
quando sente em sua sela o manto
do meu trote bravio e manso!
Mas miiiinhaaaaau...
Sou um gatinho fedorento...
sou um gatinho pachorrento!
Paciente com a vida,
inconsciente da saída!
E se noutra vida não for gato não sei...
se não serei de uma selva humana
El-Rei!
Rui Diniz
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28 abril, 2006
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3 comentários:
Interessante a forma com que este gatinho relata as questões de sua existência. O texto esta leve, gostoso de ler, sem perceber acabamos rindo e refletindo. Mais uma vez parabéns.
Valeu minha foto, VIVA!
O texto é seu, foi a sua foto que o escreveu. Muito obrigado por me gratificar com o seu comentário sorridente :-) É um prémio!
Há, no seu trabalho, uma graça, uma ironia fina, uma irreverência que só gente de talento tem... e muita beleza, graça...
Parabéns!! Vc vai longe!
Fabiana Araújo.
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