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25 julho, 2006

Moinho do Malhão


Montanhas erguem-se a toda a volta
como se daqui uma planicie de céu,
de azul imenso, invertido,
me puxasse a caminhá-la.

Caminho daqui.
Voo com as asas da não-existência
e nada sinto;
nem o vento, nem a decadência
dos que daqui só vêem paisagem.

E digo isto sem orgulho!
Reflicto e compreendo que a não-existência
da planicie azul imensa, deste lugar,
de mim próprio, deste pensamento,
é exactamente a Luz que me devolve a Paz,
o carro parado
que ruma ao firmamento...


Rui Diniz

3 comentários:

Anónimo disse...

Opa! É bom saber que Portugal, o Brasil e o mundo está repleto de poetas. Acredito na poesia como uma força capaz de transformar as pessoas através dos sentimentos.
. Fico feliz por ver os poetas saindo das gavetas, trilhando e abrindo novos caminhos pelo mundo. Sucesso
Laiza Maria

RD disse...

Ah! Deverás agradecer ao Luiz Gaspar (http://www.estudioraposa.com) o incentivo para o surgimento ou consolidação de muitos dos blogues que verás em português! A Corte nasceu por sua causa! :-)

Aldina estaca disse...

Grande parte da minha infância foi passada junto deste moinho;quanta saudade!