Fotografia de autoria de Menina Marota
É à luz do candeeiro na tua sala
que encontro o resguardo
da minha própria sombra.
Perdia-me na minha noite,
vagabundo, derrubado, derrotado,
renegado pela minha concepção de mim,
ainda que a mim imposta...
Sempre tive escolha e não escolhi.
Sempre tive na minha mão
a segurança de que o Mundo
é outro e não este;
de que o véu é um véu
e não o escuro fundo
de uma existência funesta.
É à luz do candeeiro dos teus sonhos
que descubro,
enquanto a nossa carne se fricciona,
que a Alma afinal redescobre-se
a cada orgasmo,
pelo poder das feromonas que acciona
em nós, o entusiasmo de estar vivo.
Podia continuar perdido mas encontrei-te;
e contigo nesta sala das nossas noites
descobri o dia de sol que sempre quís ver;
rebolei nas concepções de amor e Amor
e nunca me pediste que voltasse
aos teus braços, nunca!
Nunca pediste que nos soldasse num compromisso...
E é isso que faz com que permaneça
o Desejo que nos mantém quentes,
noite após noite,
sem esperança,
nem vontade,
que amanheça...
Rui Diniz
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24 novembro, 2006
17 novembro, 2006
Amor?
Amor?
Não o confundas com paixão,
qual poeta de indigências!
Amor é compaixão!
Não tem limites ou fronteiras,
nas preferências
ou ideias,
entre o meu e o teu
e o tudo!
Considera o que o amor
te deu,
contudo,
o Amor não é exclusivo
da pessoa que dorme
contigo.
Amor não é fogo,
nem tão pouco uma ferida.
O Amor é a saída
deste lodo!
Não te limites a dizer
que amas
e a passear a palavra "sempre"
pelas camas.
Tenta entender
que é quando Amares o tudo
sem a paixão presente,
nem dualismo absurdo,
nem a razão ausente,
que terás conhecido
o verdadeiro interior
dessa palavra,
"Amor"...
Rui Diniz
Não o confundas com paixão,
qual poeta de indigências!
Amor é compaixão!
Não tem limites ou fronteiras,
nas preferências
ou ideias,
entre o meu e o teu
e o tudo!
Considera o que o amor
te deu,
contudo,
o Amor não é exclusivo
da pessoa que dorme
contigo.
Amor não é fogo,
nem tão pouco uma ferida.
O Amor é a saída
deste lodo!
Não te limites a dizer
que amas
e a passear a palavra "sempre"
pelas camas.
Tenta entender
que é quando Amares o tudo
sem a paixão presente,
nem dualismo absurdo,
nem a razão ausente,
que terás conhecido
o verdadeiro interior
dessa palavra,
"Amor"...
Rui Diniz
02 novembro, 2006
Eterna Despedida
Conhecer as tensões não significa
que não sinta.
Sou eterno contigo, como sempre tenho sido,
mas não fico pertencente à gaveta
de um assunto esquecido,
nem à caneta que desenhou em palavras
o sentimento permanente
das coisas que nos demos
e do muito que vivemos.
Entende que é por isto
que fumo;
este cigarro que me traz momentos
da paz contrafeita,
que como a Pessoa, liberta,
no seu fumo os pensamentos,
no meu momento sensitivo,
e competente,
d'alma desperta!
Nunca te abandonei, mulher ideal,
pertencente a um ideal
que não abracei,
concernente ao social "ismo"
que nos cataloga e condena.
Existirás para mim sempre
num memoriado sismo
até ao Advento.
És a mulher-missão
a quem a minha mão
devolve a Esperança
sempre nesta sua semelhança
mais contrária
ao teu lamento.
Chora, mulher,
chora de novo, neste momento
outra vez repetido,
nesta dádiva à tua vida
que ganhou sentido
e que com este alento
é renascida!
Serei para sempre esta marca
no teu leito,
e vez após vez
tatuarei na chama do peito
a memória monarca
que te fez!
Oh mulher...
Assino assim este poema como uma despedida
e as lágrimas inevitáveis,
de sal,
molham-me a vida,
humedecem esta voz sentida
de um julgamento meu,
escoam a culpa própria do processo
natural
de ser eu...
Rui Diniz
Eu, e portanto a Corte também, estarei de férias até dia 18.
Veremos que poemas trarei delas, se a inspiração me encontrar onde eu estarei!
que não sinta.
Sou eterno contigo, como sempre tenho sido,
mas não fico pertencente à gaveta
de um assunto esquecido,
nem à caneta que desenhou em palavras
o sentimento permanente
das coisas que nos demos
e do muito que vivemos.
Entende que é por isto
que fumo;
este cigarro que me traz momentos
da paz contrafeita,
que como a Pessoa, liberta,
no seu fumo os pensamentos,
no meu momento sensitivo,
e competente,
d'alma desperta!
Nunca te abandonei, mulher ideal,
pertencente a um ideal
que não abracei,
concernente ao social "ismo"
que nos cataloga e condena.
Existirás para mim sempre
num memoriado sismo
até ao Advento.
És a mulher-missão
a quem a minha mão
devolve a Esperança
sempre nesta sua semelhança
mais contrária
ao teu lamento.
Chora, mulher,
chora de novo, neste momento
outra vez repetido,
nesta dádiva à tua vida
que ganhou sentido
e que com este alento
é renascida!
Serei para sempre esta marca
no teu leito,
e vez após vez
tatuarei na chama do peito
a memória monarca
que te fez!
Oh mulher...
Assino assim este poema como uma despedida
e as lágrimas inevitáveis,
de sal,
molham-me a vida,
humedecem esta voz sentida
de um julgamento meu,
escoam a culpa própria do processo
natural
de ser eu...
Rui Diniz
Eu, e portanto a Corte também, estarei de férias até dia 18.
Veremos que poemas trarei delas, se a inspiração me encontrar onde eu estarei!
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