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27 novembro, 2005

Gerês


Após a digestão do jantar cedo,
a banheira enche-se de água quente e corpos
enroscado em deleite.
Relaxam a mente e a carne. Relaxam a vida.
Esperam que a água feita fria
lhes indique a saída...

...e já secos da desventura
deitam-se juntos e disfrutam-se...
Que de manhã o Pássaro que ouves
e a Paz verde que vês, anunciam que estás
no paraiso do Gerês.

A brisa agreste sopra fria,
mas o leite quente e o pão-manteiga
são os carinhos que nos entrega

o nascer do Sol...
num novo dia!


Rui Diniz

14 novembro, 2005

Escravos

Toca-a como nenhum homem.
Ferve a sua pele e deixa a marca no prazer.
Ela rende-se porque na luta não encontra vontade,
não foge, que aquelas mãos deixaram saudade;
No corpo e na alma,
no fulgor e na calma!

A sua nudez húmida é o paraíso dele,
que explora sem pudor
com as mãos mestras de um escravo...
um escravo Senhor...

um escravo do Amor.


Rui Diniz