Pesquisar neste blogue

30 outubro, 2005

Faol-Jon

Toda a alma tem duas faces.
Todo o espirito tem seus fantasmas.
Todos nós guardamos as maldições que nos são queridas, aquelas em que acreditamos.
Tantas vezes a morte é a luz ao fundo do túnel...

Conheçam a história de Jonathan... cliquem aqui.


Leiam, se tiverem paciência, e comentem!


Rui Diniz

21 outubro, 2005

Enquanto descansas...

Deves descansar por esta hora...
sozinha, aninhada, com a mente em teus projectos,
eu sei que o cansaço já não vai embora;
e que o sono nunca chega a tempos certos...!

Eu estou contigo... porém, meu corpo não canta aí;
nem meus braços afastam o frio da noite na cama vã,
nem meu olhar coloca de novo a chama em ti...
mas minh'alma aqui beija-te num tom menor de Chopin.

E apesar da pústula da tua ausência
com que me brindaste em teus braços longe,
ainda és tu a suave manta que me cobre
e o meu oásis no deserto frio!
Ainda és tu a espada que me fez nobre...
e és tu, mulher...

a razão porque sorrio. :)


Rui Diniz

09 outubro, 2005

Corações

E no momento em que os corações se confundem...
desliga-se o tempo.
Divide-se cada minuto em eternidades.
E em cada uma delas, um Momento apenas
é o suficiente para já ser Vida.

É que em cada vida procuramos definir nossas Almas
e ao fazê-lo, entrelaçamos os corações que batem;
aquelas peças mecânicas que sentem,
que aquecem, que matam e morrem,
que vivem e ressuscitam.

Em cada vida que vivi, em cada coração,
em cada passo, em cada luta,
em cada beijo que os fez bater mais forte...
foram sempre meus, os corações.

Mas agora, que a Arca foi aberta,
que o Selo foi quebrado,
o Lobo de guarda... amestrado,
que os Beijos são Momentos,
e os minutos Eternidade...
é no momento em que os Corações se confundem
que as cores do meu e do teu
se Fundem.


Rui Diniz

01 outubro, 2005

Congelado

Antes, um homem enorme, importante!...
Hoje, ninguém me quer.
Tenho quem me ame, mas se não amo
de que vale ter quem magoo tanto?

Quando sou grande, sou pai, sou filho,
um anjo, um marido, o espirito santo!
Pequeno, sou um trapo que se arrasta
sem saborear a luz do dia...

Se algum dia for grande outra vez,
que seja de vez;
O meu sangue está congelado no tempo
à espera do quente alento...
para correr.

Rui Diniz