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21 março, 2006

Morena Maria

Quando o vento que bateu em teu rosto
regressou ao seu quartel envelhecido,
terá levado consigo a dor, o acre gosto
que sufoca a foz do teu sorriso.

Talvez pelos teus lisos fluentes
tenham já passado as doces bagas,
que em seu outono, incandescentes
afagavam a tua praia de areia turva.

Mas mais não sei, não sei...
não sei olhar mais sem ser lido;
os teus duros cristais magos reviram-me...
e eu assim não resisto, entrego-me rendido,
sem dúvidas, sem questões,
como um poema que recitado, é,
com carinho,
retribuido...


Rui Diniz

4 comentários:

Anónimo disse...

"... A foz do teu sorriso." é uma frase mesmo boa!
Nunca tinha associado o termo foz a nada e fica mesmo bem!
Se no sconcentramos no termo foz podemos ter imagens boas, nunca me tinha ocorrido. Falta de observação!

Anónimo disse...

Oi!
Faz tempo que eu não comento aqui, eu sei... Leio o seu blog todas as vezes que acesso a net, mas não dá tempo de comentar ou às vezes, quando estou meio desanimada, não tenho vontade de escrever... Mas estou aqui, estou sempre aqui. ;D
(Maria Eduarda)
PS:adorei o desafio, como sempre vc tem ótimas idéias

RD disse...

É extremamente gratificante reconhecer a sua presença!... :-)

Anónimo disse...

Esta vendo?É tudo tão simples assim. Simplesmente me rendo aos prazeres de amar com as alegrias e tristezas....