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30 dezembro, 2006

Verdade Convertida

Se não podes mudar o mundo,
muda o teu mundo!
Procura:
aquele pedaço da Felicidade
que julgas perdida;
no fundo
da Verdade
convertida.

Se não podes mudar o outro,
muda o teu outro!
Conquista:
aquele pedaço da Alma
que julgas contida;
no rosto
da Verdade
convertida.

Se não podes mudar a gente,
muda a tua gente!
Educa:
aquele pedaço da Luz
que julgas escondida;
na mente
da Verdade
convertida.

Se não podes mudar a guerra,
muda a tua guerra!
Respeita:
aquele pedaço da Paz
que julgas vendida;
à Terra
da Verdade
convertida.

Se não podes mudar nada,
muda o teu tudo!
Ama:
aquele pedaço da humanidade
que julgas mantida;
à entrada
da Verdade...

MENTIDA!


Rui Diniz

15 dezembro, 2006

O Sacerdote Dourado

Há uma espécie de conforto cego
nesta vida consciente
que se adapta a tudo mas resiste
ao evidente.

Bombardeados por informação,
perdemos a consciência inata
e fechamo-nos no interior da lata
que rotulamos
de nós mesmos.
Caminhamos sem olhar,
sempre consolados pelo lixo mental,
que qual uma droga,
destroi o pensamento
que tinha a hipótese de ser igual
àquele resistente mais em voga...

Não se questiona,
é proibido!
É sagrado!
O ensinamento do sacerdote dourado!
Pratica-se a veneração de mais uma Verdade,
mentirosa, aprisionante e audaciosa,
em nome de mais uma Liberdade!

Na mesma, como sempre,
quem pergunta é arrasado,
destruido, destituido,
arrancado!
Mas nós não sabemos
porque não olhamos,
não queremos,
é proibido!
É sagrado!
O ensinamento do sacerdote dourado!

É esta espécie de conforto cego
nesta vida inconsciente
que se adapta à corrente mas resiste
ao evidente!
É proibido!
É sagrado!
O ensinamento do sacerdote dourado!


Rui Diniz

01 dezembro, 2006

Arte Mágica

Luzes! Câmara!
Estou mortinho por Acção!
Quero fazer desta cena
uma revelação!

Sem um ramo de azevinho
tento devolver a esta arte,
a arte,
um verdadeiro caminho!
Oh hipnótica ilusão!
Esse fantasma do cinema!
Não te quero nesta cena
semeando a distração!

Farei desta arte, uma arte!
Uma arte sana, profana,
uma parte de um novo mundo
que se inaugura em cada homem!

Se nesta arte as estrelas
fossem astros, não os deuses
nem os homens que fingem,
nem os escribas da Casa,
nem os ardilosos mentirosos,
nem os pagantes saqueadores
da consciência...

seria esta arte, uma arte!

Arte sana, profana,
uma parte de um novo mundo
que se inaugura em cada homem!

Luzes! Câmara!
Estou mortinho pela Reacção!
Vamos fazer desta cena

A Revelação!


Rui Diniz