Quantas formas existem de sofrimento?
Uma Rosa bela por um só momento.
O Céu azul, o Sol cadente, o Firmamento;
frios, se o Amor se contorce ao relento.
Será Feliz quem na calma sentir Paz?
Quem se resigne à dor que a Luz traz
e se apronte a despir o que nele jaz
que resista ao açoite... zás!... zás!?
Livre é só mesmo quem Ama livremente!
Quem p'lo seu Ser do outro não é temente,
aguando em seu deserto o respeito por quem sente
e mordendo o Beijo Quente, insistente,
aquele
que nunca mente!...
Rui Diniz
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23 janeiro, 2006
06 janeiro, 2006
Intervalo
Sento-me. Pauso a azáfama e vejo-te.
Olhas-me com aquela ternura que me torna rendido...
Servido numa bandeja de paz que tanto te apraz,
acendo o cigarro com os teus olhos e o fumo transpira-me.
Apoio o teu corpo e tu encostas-te;
o teu respirar no meu ouvido... sussuras carinho.
Aconchegas a tua face na minha,
numa dança de maçãs doces e apeteciveis
e sem pensar, minhas mãos sondam teu riacho,
beijam-lhe o fundo, guiam-se à nascente...
Sem aviso, largas-me um Beijo;
indelével, tatua-me a bochecha com fogo.
Deixo-me em magia entre braços,
resignado
ao suor salgado,
ao bafo quente,
ao sonho que usufruo...
Rui Diniz
Olhas-me com aquela ternura que me torna rendido...
Servido numa bandeja de paz que tanto te apraz,
acendo o cigarro com os teus olhos e o fumo transpira-me.
Apoio o teu corpo e tu encostas-te;
o teu respirar no meu ouvido... sussuras carinho.
Aconchegas a tua face na minha,
numa dança de maçãs doces e apeteciveis
e sem pensar, minhas mãos sondam teu riacho,
beijam-lhe o fundo, guiam-se à nascente...
Sem aviso, largas-me um Beijo;
indelével, tatua-me a bochecha com fogo.
Deixo-me em magia entre braços,
resignado
ao suor salgado,
ao bafo quente,
ao sonho que usufruo...
Rui Diniz
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