Quando o vento que bateu em teu rosto
regressou ao seu quartel envelhecido,
terá levado consigo a dor, o acre gosto
que sufoca a foz do teu sorriso.
Talvez pelos teus lisos fluentes
tenham já passado as doces bagas,
que em seu outono, incandescentes
afagavam a tua praia de areia turva.
Mas mais não sei, não sei...
não sei olhar mais sem ser lido;
os teus duros cristais magos reviram-me...
e eu assim não resisto, entrego-me rendido,
sem dúvidas, sem questões,
como um poema que recitado, é,
com carinho,
retribuido...
Rui Diniz
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21 março, 2006
03 março, 2006
Amor-Ego
Quero-te ponto.
Quero o teu sorriso para mim,
os teus olhos a ver-me,
a seguir meus sorrisos!
Quero o teu gosto a adorar-me,
os teus lábios a estalar
mordidos pelos dentes,
por tanto também quererem tocar os meus!
Quero as tuas mãos;
nas minhas, no meu corpo,
no meu cabelo, na minha alma!
Quero as tuas flores junto ao meu coração,
por baixo da armadura!
Quero a tua atenção!
Quero-te!
Rui Diniz
Quero o teu sorriso para mim,
os teus olhos a ver-me,
a seguir meus sorrisos!
Quero o teu gosto a adorar-me,
os teus lábios a estalar
mordidos pelos dentes,
por tanto também quererem tocar os meus!
Quero as tuas mãos;
nas minhas, no meu corpo,
no meu cabelo, na minha alma!
Quero as tuas flores junto ao meu coração,
por baixo da armadura!
Quero a tua atenção!
Quero-te!
Rui Diniz
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