
Já não minha maçã mergulhada,
maçã que serpenteias no meu intimo ainda,
banhas-te agora na beleza parada,
no amor fiel, no troféu da vida
conquistada de mim...
Que caiam agora a teus pés todas as armas!
Que me renda, derrotado, que me venda,
que me mate e ressuscite, que seja outrem,
que não quero mais ser eu, não quero mais
sem ti...
Vendo-te aqui sorrindo ao lado dele,
consumo o veneno letal que me matará o ego,
o veneno sorridente que acompanha o teu olhar
e o vê desvanecer-se, diluir-se, entregar-se a ele....
Que morra aqui já e ressuscite!
Que caiam agora a teus pés todas as minhas armas!
Que me renove, transparente, à chuva das lágrimas...
Que vivas para sempre nesse altar, sorridente,
para sempre amada, para sempre... até morrer
e ressuscitar
e querer
e amar
o que então houver...
de mim...
Rui Diniz
6 comentários:
Belo Poema. Fina sensibilidade.
Quando eu for grande gostaria de escrever poemas como este
Parabéns, Amigo Rui
Ora caro António, é para mim motivo de grande alegria verificar que um escritor e sabedor da vida da sua dimensão tenha comentado desta forma um texto meu!
Muito Obrigado!
Obrigada pela visita...
Por aqui também sei agora um dom especial para a arte poética.
Cara Vera, agradeço o teu comentário a este mineiro que apesar de se apresentar como Rei, é apenas herdeiro do trono de si mesmo, aspirante a Comandante Supremo do seu ego, pela coragem e paz unas no cerne da existência consciente. Estas não são palavras de requinte forjado ou de uma máscara social, mas sim o reflexo do meu intelecto ao serviço da alma.
Na realidade não sou nada, nem nada disto tudo é alguma coisa... e não é tão bonito? :-)
Obrigado pela oportunidade :-)
Respira-se aqui poesia...Gostei do que descobri...
;)
"Marota" :-) Muito Obrigado pela visita! Gostei também do seu blog, tanto que o adicionei logo ali ao conjunto de links à direita.
A descoberta é mútua :-)
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