Se o que sensoriamos
é apenas um infinitésimo do infinito,
como podemos afirmar ser verdadeiros?
Não! Somos é estrangeiros em todo o lado,
escamas de uma serpente
que morde o próprio rabo!
Não morre esta serpente,
gira eternamente, que nem um carrocel
e nós com ela, crianças,
colados à sua pele...
Surgirá o dia em que,
continuando a serpente girando,
me solto dessa pele ilusória por tanto tentar
e de fora,
certificado que a serpente não existe,
afagarei todas as escamas,
iluminarei a penumbra
que as faz permanecer
neste destino
tão triste...
Rui Diniz
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02 agosto, 2006
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2 comentários:
Humm, bonito blog, emocionante livro(o livro pude conhecer dando uma pequena olhada). Parabéns Sr. Diniz, seus textos são belíssimos e, vejo agora, que será um prazer estudá-los junto com a cultura e lingüística da encantadora Portugal.
Por favor, faça de um tudo para continuar com este espaço no ar, é uma ótima oportunidade que nós estudantes temos de poder entrar em contato com alguns bons escritores, lusos, atuais.
Agradecimento
Susilane Prado
Obrigado pelas palavras, Susilane
Fico muito feliz por saber que este espaço é importante para vós. Voltem sempre, sintam-se em casa.
:-)
Consideração,
Diniz
Co
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