Se não podes mudar o mundo,
muda o teu mundo!
Procura:
aquele pedaço da Felicidade
que julgas perdida;
no fundo
da Verdade
convertida.
Se não podes mudar o outro,
muda o teu outro!
Conquista:
aquele pedaço da Alma
que julgas contida;
no rosto
da Verdade
convertida.
Se não podes mudar a gente,
muda a tua gente!
Educa:
aquele pedaço da Luz
que julgas escondida;
na mente
da Verdade
convertida.
Se não podes mudar a guerra,
muda a tua guerra!
Respeita:
aquele pedaço da Paz
que julgas vendida;
à Terra
da Verdade
convertida.
Se não podes mudar nada,
muda o teu tudo!
Ama:
aquele pedaço da humanidade
que julgas mantida;
à entrada
da Verdade...
MENTIDA!
Rui Diniz
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30 dezembro, 2006
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11 comentários:
Querido Diniz:
Não pensamos igual, não vemos as coisas da mesma forma, não agimos da mesma maneira, mas, apesar de tudo isso partilhamos algo cá dentro... a interrogação, a vontade, o espirito que quer ser livre...
Este poema, além de MAGNIFICO, diz-me muito.
Bela forma de terminar mais um punhado de tempo a que chamamos Ano.
Que o restante, seja pleno de mudança e de (re)encontro com o que buscas, que te traga a escrita, novas ideias e muito ar fresco.
A ti, um brinde
Maçã de Junho
:-)
Agradeço e retribuo o brinde e muito me engrandecem as tuas palavras, muito me alegra identificar as perguntas em ti.
As diferenças são a riqueza; são o mecanismo fundamental que a humanidade possui para assegurar a sua contínua evolução, transformação e quem sabe um dia, alquimia.
Assim sendo, quem não respeita e entende a necessidade da diferença é quem tenta controlar outros seres humanos, quem tenta criar a máquina piramidal sustentada por um pacote sofisticado de ilusões. Eles sim, não suportam a diferença nem o imprevisto - não suportam a sua condição humana.
Respeitar a diferença é mais que respeito; é aprendizagem, é Ciência - não a ciência dogmática que nos vendem - a Ciência humana, a eterna questão, a eterna procura... e para se ser Cientista tem de se sentir bem perante o desconforto do imprevisto, do desconhecido e da probabilidade.
Só assim somos humanos enquanto consciência... Com-Ciência.
Meu caro Rui, penalizo-me sinceramente de o meu tempo me impedir de aqui estar mais vezes!
Este poema, além de tocante, é marcante!
"...Se não podes mudar a guerra,
muda a tua guerra!
Respeita:
aquele pedaço da Paz
que julgas vendida;
à Terra
da Verdade
convertida."
As tuas palavras, sempre tão acertadas!
Um abraço é sempre um prazer ler-te!
Excelente!!
Um abraço ;)
Gostava de te saber dizer o quanto estas palavras me dizem.
Não é fácil.
Principalmente para quem ama as palavras com este amor desmesurado com que eu as amo.
Digamos que se estivesses á minha frente quando o li.
Ao terminar ter-te-ia olhado e chamado "irmão".
Essa é a minha forma de vida.
Tento mudar tudo é verdade.
tento primeiro trabalhar-me a mim.
Mudar-me a mim.
Crescer eu.
Lutar eu.
Ir alem eu.
Crescer eu.
Buscar eu.
Revoltar-me eu.
Gritar eu.
E de mudança em mudança ir mais alem, ir alem de mim, e se poder quem sabe chegar a ti, a ele, a ela... ao mundo, à vida.
Se não puder.
Tentei.
Mudei-me.
Modifiquei-me.
Rasguei-me para o fazer.
Se não puder amei um pedaço da humanidade. Que quis fosse verdade sabendo-a mentira. Mesmo assim amei.
Gostei tanto de aqui estar.
É bom estar a descobrir-te.
Voltarei.
Isabel
Menina Marota: Não te penalizes por algo como isto. De preferência, não te penalizes por nada.
A aprendizagem da vida não envolve punição, a punição traz-nos sim medo de aprender. Não que esteja a afirmar que deve aprender a vir aqui à Corte mais vezes :-) longe disso, esclareço sim o porquê de lhe pedir que não se puna.
Obrigado por todo o seu trabalho,
Diniz
Isabel: Afirmo que estou surpreso e contente com o teu comentário.
Numa altura em que muitas vezes me sinto só; ao tentar juntar as peças de verdade num puzzle de mentiras, ao buscar no mais interior de mim a verdadeira natureza e essência humana, ao pesquizar, num malabarismo entre a intuição e a mente, uma razão para a existência; é-me gratificante perceber que não estou só, como sempre soube.
Nós sempre o sabemos... nem sempre o sentimos, nem sempre o vivemos.
Com um sorriso,
Diniz
Passei para ver como ia o Ano Novo, e com agrado constato que a qualidade é a de sempre, igual ao ano anterior, sendo imprescindível vir aqui. Resta desejar Bom Ano e óptima semana, e já agora, faça o favor de ser feliz.
Melhor ainda...
Procura o teu eu independentemente de tudo.
Tu vales a pena!
bjinhos.
Gostei do teu espaço
Velas: Muito agradeço a visita, o conselho e o elogio :-)
Não tenho dúvidas que descobrir o nosso "eu" é parte importantissima de um qualquer processo de libertação. Temos de nos preocupar depois em lutar pelo próximo passo, seguir o movimento expiral de expansão, sempre de dentro para fora e transformar o individual em social... despertos!
Beijos,
Diniz
Porque se cada um mudar o seu mundo, o mundo também muda...
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