Fotografia de autoria de Alex Gil
Piano de fundo,
é Jarrett em Viena,
um murmúrio
na roupa
que largamos em cena...
Umas mãos saudosas,
suaves e quentes,
invadem
teus espaços
incandescentes...
A boca de nós dois
resolve o mistério
por detrás
do sabor
de um beijo sério...
As verdades que vestimos
deixámos à porta,
que aqui dentro,
o momento,
é só o que importa...
Tens na pele
marcado
o mestrado da vida
e eu tenho na minha
suavidade contida...
Gritas e gemes
no teu mar revolto,
arrepios
atravessam-te
quando te volto...
Com as mãos na parede
eu entro em teu corpo,
vês que na verdade
ele tem estado
morto...
As mãos saudosas,
que agarram o arrepio,
são vivas lembranças
do teu rodopio...
Deixaste-me o corpo,
escorrendo prazer,
encontrei-te
nas nuvens
e refiz-te Mulher...
Se o orgasmo que soltas
for um grito infinito,
nós dois cantaremos
no prazer
deste calor...
bendito.
Rui Diniz
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21 maio, 2007
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4 comentários:
que arrepio! sofialisboa
Momentos reais
são esses
aqueles em que nos despimos das verdades que nos cobrem
e nos entregamos
nus
despidos de verdades e mentiras
nus
sem nada
que não
o tudo
que somos nós
nus
trocamos de pele
com outra pele
trocamos
os sempres
pelo
momento
Lindo este teu momento...
Que foi também meu enquanto te li
E isso é ler...
Isabel
Olá!
Eu tenho algumas fotos e vou finalmente dar a minha contribuição para responder ao desafio que fazes aos teus leitores. Quando puder, envio-tas.
Entretanto, que história era aquela do poster com um poema meu? É que, sinceramente, desconheço tal edição.
(O bulcão fez umas coisas semelhantes, mas foi já há 10 anos, ou quase...)
Vitorino
Um poema de descoberta que culmina no êxtase do orgasmo!
Muitíssimo bem escrito de facto!
Um beijinho grande.
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