Eu sou o homem da televisão!
E tenho a vossa mente
à distância de um botão...
Dia a dia vos trago a verdade
que vos mantém!...
E se não me ouvem
não são membros desta Terra,
onde os marginais são perigos
e as vossas mentes,
sintonizadas por mim
para esta guerra!
Sou o vosso amigo,
o vizinho sem incómodo,
aquele filho com sucesso,
o ancião que dá conselhos...
Entro por convite em vossas casas
e a minha voz é sinfonia
que abre as asas
à vossa emotiva
desarmonia!
Ahah!!!
Eu!...
sou a moto-serra
que vos decapita as ideias!
Eu!...
sou o sarcedote,
o intermediário
da verdade que interessa,
uma antítese de Amor
que vos adversa,
mas que mantêm em temor!
Eu sou a voz do Pai!...
a segurança.
Sou a tempestade!...
sou a bonança.
Sou o lucro, o prejuízo,
invado-vos a alma
com o meu juízo.
Sou o juíz da norma
e passo-vos sentenças
aos desejos mais em forma.
Sou o carrasco
dos vossos mundos!
O meu capuz é maquilhado
e o meu machado é um quadrado!
Sou o Homem da Televisão!
E tenho a vossa mente
à distância de um botão...
Rui Diniz
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2 comentários:
A verdade e acutilância do patético!
Fantástico!
Grato, cara Manuela :-*
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