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29 agosto, 2005

Aguardo-te...

Acordo mais uma vez...
Alterei de novo a força do destino
à força dos teus olhos sorrindo...
e quero vê-los.

Se as nossas vidas se cruzaram
e nos mantêm à guarda, esperando,
é porque esperar é um passo
e o teu sorriso um avanço.

Sorrirás?
Sentes mesmo que consigo retribuir o sonho vendido,
incluso no preço do piano esvoaçante
que se escapou, rasgado o autocolante?

Aguardo-te... e sinto que sempre.
Mistura de pressa dura com suspense,
porque por ti só posso ficar
a sonhar que um dia a espera sempre alcance...


Rui Diniz

2 comentários:

Anónimo disse...

Desabrochaste para um poema de azul... senti cada palavra, cada som como se cada letra me beijasse com um simples toque. É perfeito, cheio de tudo e mais um pouco. Como sempre te disse, a simplicidade é capaz de contar mundos. Obrigada por teres tanto valor, por mostrares ao mundo o que fazes tão bem. Este é, sem dúvida, uma das melhores coisas que já te "vi" escrever...

Anónimo disse...

fantástico o poema... (tekinhas)