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22 agosto, 2005

Cem Palavras II : Feirãozinho

Aqui está a segunda foto, o segundo poema:



Era um pequeno pedaço húmido este império,
Cujo vulgo charco num mar se revelava…
E eu miúdo, no cimo deste castelo verde musgo, etéreo
Defendia o meu reino com os canhões que trovejava!

Vestia eu de Comandante fino com alto brio
Que erguia com coragem o seu Brasão!
E disparava vaidoso o mosquete-pau no vazio
Esmagando a meus pés uma bárbara invasão!



Regresso agora ao topo do meu forte contemplante
Em que outrora me perdia nas ilusões de criança
Mas hoje, já sem meus sonhos ou paixões de galopante,
Rendo-me à água calma… à luz cinzenta…
ao reflexo da esperança…



Rui Diniz

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