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01 setembro, 2006

Morrer!

Desejei de novo morrer!

Nenhum acto é generoso
e a inacção é ela assim
como um Amor preguiçoso
num fundo poço
de visões sem fim!
...Que esta Alma em alvoroço
irá de novo nascer!

Renascer é só morrer!

De nada valem os intervalos
por uma Luz que nunca chega
e nos convida, intrometida,
a viver sonhos e largá-los
ao sopro da brisa cega
que passeamos cada vida!

Todo o ser tem de morrer!

Que queres de mim, escuridão?
Existes tanto quanto eu!
Alimentas-te dos que te dão
em todas suas formas de ser
um nobre pedaço seu...
... para no fim,


morrer!


Rui Diniz

8 comentários:

Maçã de Junho disse...

A melodia das tuas palavras afasta a sombra que tentas impor!
Bonito e ensombrado.

Cris disse...

Tão verdadeiras são as tuas palavras. Gostei muito. Vou bisbilhotar os outros posts, se não te importares.

Cris

António Melenas disse...

Gostei mesmo.
Quanto a mim, acho (e quem sou eu para achar?!) que é um dos teus poemas mais conseguidos,
Um abraço
António

RD disse...

Margarida: Verificarás que a sombra que vês no texto não só não existe por si, como não lhe dei vida. :-)

Cris: Back in Black! ;-)

António: "Xô" António, as pessoas gostarem de um poema já é cumprir a missão de uma vida inteira! :-) Obrigado por tudo.

Anónimo disse...

Como aluno do 4º período do curso de LETRAS, achei excelente pois aqui encontro muito do que preciso no meu dia-a-dia na faculdade. Indicarei aos meus amigos pois é um endereço dígno de ser visitado.
Pedro Ângelo

Anónimo disse...

Recebestes um dos mais maravilhosos dons, que nem a todos é concedido,o privilégio de tecer doces poemas, com suas ternas palavras...toca corações e
transporta almas a outros universos...em busca de um sentir de paz, esperança de realização dos sonhos...de simples mortais, mas imortais no Amor...
"Um grande doce beijo em sua doce alma"...
MªEduarda

RD disse...

Pedro e Maria Eduarda: Muito agradeço os vossos comentários e a vossa presença assídua! :-D

Memória transparente disse...

Excelente a estrututa deste poema, o que faz dele um bonito poema.

Boa semana.